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Os Samaritanos

Os samaritanos eram descendentes dos israelitas do Norte que tinham sido deixados para trás pelas deportações assírias de 722 a. C., e dos novos colonos que os conquistadores importaram para habitar o devastado território. O abandono das fazendas encorajou os animais selvagens, de modo que os habitantes eram ameaçados por leões. Pensando que a destruição promovida por esses animais se devia á ira do deus local, eles pediram ao rei da Assíria para enviar alguém que pudesse instruí-los na religião de Israel.

O rei da Assíria enviou um dos sacerdotes exilados a Betel, onde ele estabeleceu um centro para instruir os imigrantes na adoração a jeová. O resultado foi um( sincretismo: sistema filosófico ou religioso com tendência a fundir elementos com varias doutrina diferentes: sincretismo religioso), em que a adoração aos deuses pagãos foi mantida simultaneamente com a adoração a Jeová. “E assim eles adoravam o Senhor, mas também adoravam os seus próprios deuses”, diz a narrativa em 2 Reis 17.24-33.

Durante os cento e vinte e cinco anos que se passaram entre a conquista realizada pelos assírios no Reino do Norte e a primeira invasão babilônica de Judá, Samaria permaneceu em relativa paz. Embora fosse, tecnicamente, uma província do Império Assírio, ela não tomou nenhuma parte ativa na permanente situação de guerra entre o Egito e a Assíria. Ao contrario, Judá estava continuamente envolvida em disputas fronteiriças e tentava entrar em acordo com a parte vitoriosa afim de preserva sua independência. Quando, finalmente, Judá sucumbiu a Nabucodonosor da Babilónia, Samaria continuou a prosperar, pois dispunha de um solo mais fértil e gozava de uma relativa tranquilidade.

Sempre houve um atrito entre os Reinos do Norte e do Sul, desde a divisão feita sob Jeroboão e Roboão depois da morte de Salomão, mas durante o período do Exílio este atrito tornou=se mais contundente devido a inúmeras causas. Os empobrecidos habitantes da Judéia, ameaçados pelo Egito ao sul e pela Assíria ou Babilónia ao norte, sentiam-se certamente enciumados pala prosperidade superior dos seus vizinhos do norte, isentos dessa tensão politica, e capazes de desfrutar uma vida confortável por causa da riqueza do seu território. Quando Neemias resolveu reconstruir os muros de Jerusalém, os samaritanos ofereceram uma ferrenha oposição (Ne 4.7,8) eo governador Sambalate, convidou Neemias para uma conferencia, evidentemente para assinalo (6.1-9). Houve uma completa ruptura entre judeus e samaritanos quando neto de Eliasibe, o sumo sacerdote, casou-se com a filha de sambalate, contrariando o estatuto de casamentos mistos (13.23-28). Ao se recusar a anular o casamento, ele foi prontamente expulso do sacerdócio e exilado. Ele se retirou para Samaria, onde Sambalate construí um templo para si no monte Gerizim, onde continuaram a praticar uma adoração independente até o edifício ser destruído no ano 128 a. C. por João Hircado.

Esse afastamento dos Samaritanos da adoração a Jeová praticada em Jerusalém, associada á sua conhecida ancestralidade pagã, levou os habitantes da
Judeia a repudiar completamente os Samaritanos. Por outro lado, os Samaritano sustentavam que o monte Gerizim e o monte Ebal eram os locais originais para a adoração, designados por Jeová depois das conquistas realizadas por Josué, e que a construção de santuários e templos em Jerusalém representava uma perversão do mandamento de Deus (cf. Jo 4.20). Embora os Samaritanos estivessem comprometidos com o paganismo desde Antíoco Epifâneo IV, quando dedicaram o seu templo ao deus grego Zeus, mas tarde eles voltaram a adorar a Jeová e, no primeiro século, ainda mantinham uma forma dos rituais do AT semelhante aos de Jerusalém.  Até hoje o pequeno núcleo que abita Nabulus ( Siquém ) preserva um antigo registro do pentateuco e, no topo do monte Gerizim, pratica os ritos do sacrifício por ocasião da Páscoa anual. Eles repetem um testemunho vivo da religião desse grupo dissidente que, depois do Exílio, divergiu da corrente principal do judaísmo.

No inicio, a mensagem de Cristo recebeu uma boa aceitação estre os Samaritanos. Durante os seus dias na terra, Jesus ministrou ocasionalmente no território deles, em bora não tivesse permitido que os seus discípulos trabalhassem ali (Mt 10.5). Em uma de suas primeiras viagens de Jerusalém a Galileia, Ele passou por Sicar e conversou com uma mulher junto ao posso de Jacó. A maneira como ela respondeu à sua mensagens colocou-o em contato com os outros moradores da vila, que prontamente o ouviram e creram (Jo 4.1-43). Embora, numa viagem subsequente, alguns samaritanos recusassem recebe-lo porque era Judeu e estava obviamente viajando para Jerusalém (Lc 9.52-53), houve outras ocasiones que Ele foi tratado com bondade (Lc 17.16). Quando a perseguição à igreja primitiva se instalou em Jerusalém, e muitos crentes foram obrigados a fugir d cidade, Felipe, o evangelista grego, encontrou uma receptiva audiência em Samaria (At 8-1b-25), provável mente porque os samaritanos eram menos rígidos na sua interpretação do pentateuco, e menos ligados à adoração no Templo do que os sacerdotes da Judéia.                 

            

                           




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